Who watches the watchmen?

Uma das produtivas coisas que fiz sentado em bancos de aviões e comboios por essa UE fora, foi acabar de ler Watchmen.



E deixei-me dizer-vos que se não leram, não merecem o oxigénio que consomem no nosso planeta. Pessoas como vocês deviam ser pedras de calçada, daquelas em que cães de dietas alteradas se aliviam... pronto, já chega.

Um maravilhoso e engenhoso mosaico de histórias sobre amor, amizade, confiança, segurança, velhice e paz. O que me parece melhor no livro são as personagens. Profundas e especiais sem nunca deixarem de ser humanas e que suportam nos ombros toda a narrativa. E acreditem, não é fácil acarretar isto. O Roschard ou o Jon são tridimensionais. Humanos. Fascinantes. Os quadradinhos são tão bem planeados, preparados, desenhados, orquestrados. Um livro feito para se ler várias vezes, senão a experiência fica a metade... Um livro que lida com a Paz de uma forma inteligente e perspicaz. Uma história sobre uma "guerra fria" muito mais intima que geográfica.

O hype que me tinham feito da bd é todo verdadeiro. Fiquei satisfeito, supreendido e encantado. Há coisas assim espalhadas por aí que eu não conheço. Há obras da qualidade desta que eu ainda não folhiei. Watchmen é um marco na história das Bd's, na história da maneira como se contam histórias e um marco no meu percurso como humano viciado em histórias.

Se são desprezíveis e preguiçosos, esperem pelo filme. Se forem pessoas que merecem atenção e oxigénio, compram a BD e três bilhetes de avião, destino Los Angeles, para terem tempo e espaço para lerem, re-lerem, re-lerem...




Porra, tem tão bom aspecto...

gui