O "outro lado"...

Tenho acompanhado as eleições nos EUA e estou a aprender umas coisas engraçadas sobre opinião pública.

Se vocês tiverem esta cara e se chamarem Obama, com umas adições de suspeita de terrorismo pelo meio...



... e estiverem a concorrer contra alguém com esta cara, conservador e um veterano de guerra..



...vão ter de escolher bem o vosso apoio, o vosso vice-presidente. Aqui entram as politiquices das grandes, ou isto não fossem as eleições no país mais influente e poderoso do mundo. Como aqui não se brinca, é preciso levar a corrida mais a sério.

Quem é o seu vice presidente, senhor Obama?



Nem mais. Se vocês forem negros e levaram uma campanha totalmente rebelde, longe de Washington e sem apoio público (pela primeira vez na história) vão ter de equilibrar as coisas. Vamos ter de equilibrar a vossa imagem pública. Aquilo que vocês transpiram para o americano comum. "Sim, sou rebelde, diferente, mas tenho ao meu lado alguém que vocês até podem gostar, e que transpira calma e memórias de 8 anos anteriores..."

Fomos então buscar um senhor chamado Biden, que consiga mostrar o nosso "outro lado", que consiga equilibrar a vossa imagem pública. Será que resulta? Ou será uma estratégia só de um lado?

Vejam então a hipótese de vice presidente de um conservador republicano , religioso e veterano de guerra, chamado Mccain, para comparar...



Aqui está Sarah Palin, do Alaska, mãe de 5 filhos, mas mais importante ainda, para aqueles que não repararam, MULHER. (E diga-se, não tem ar de quem vai soltar o cabelo e fazer "coisas porcas"? Transpira ar de secretária marota, cá para mim...).

O senhor Mccain foi basicamente mostrar o seu outro lado. Os vice-presidentes são assim cartas, trunfos, que se tiram da manga e que mostram o nosso verdadeiro jogo. Mostram aquilo que os concorrentes Obama e Mccain não são, os alegres opostos que temos de aceitar e que "até gostamos de ter perto de nós ou não fossemos nós abertos a novas ideias".

Equilíbrio, amigos. O que quer isto dizer no fundo? Que não importa as promessas, tudo funciona da mesma maneira. A máquina é a mesma. O que é pena, gostava mesmo que aquilo mudasse para aqueles lados. Eu sou um adepto da CHANGE, que aparece em milhares de cartazes.

Vamos ver como corre daqui para a frente, porque parecendo que não, importa muito quem mora na Casa Branca em Novembro.

Não acreditam? Perguntem aos iraquianos....

hug,
gui